Yamaha RD 350 (também conhecida como Viúva Negra) é uma série de motocicletas que foi produzida entre 1973 e 1993. No Brasil, sua produção começou em 1986 com o modelo RD350LC YPVS.
Origens
Entre 1970 e 1973 foram fabricados no Japão dois modelos muito populares em todo o mundo: A DS7 e a R5, esta última muito conhecida no Brasil no início da década de 70. A R5 possui motor de alumínio de 349cc3, cinco janelas de transferência, 5 marchas e ganhou em 1972 freio a disco dianteiro na versão R5 C. A Yamaha R5 possui os seguintes modelos: R5 A de 1970, R5 B de 1971 e R5 C de 1972. A Yamaha DS 7 e a R5 foram os projetos utilizados no desenvolvimento da RD 350. Em 1973 nasceu a linha RD: 90cc3, 125cc3, 200cc3, 250 e 350cc3. A RD 350 é proveniente da união das antigas Yamaha DS 7 e R5.
A RD 350 foi lançada nas cores "candy red" e "Racing Green". A RD 350 inaugurou o uso do Torque Induction, a palheta de torque, um mecanismo que veda o retorno da mistura ar/combustível/óleo 2 tempos para o carburador, proporcionando melhor torque em baixas rotações e economia de combustível, um ponto crítico do motor 2 Tempos. Outra difereça em relação à R5 foi o acabamento das tampas do motor, sendo a estampa do logotipo Yamaha na R5 é polido e na RD é uma placa de alumínio fosfatizada. Também foram introduzidos os freios a disco dianteiro com pastilhas de dupla ação (dois cilindors), caixa de mudanças passou a ter com 6 marchas, o bloco do motor obteve novas tampas laterais com formato oval, luzes de pisca idenpendentes para cada direção, neutro e farol alto, foram colocadas em um painel onde estavam também instalados o velocimetro e tacômetro.
Evolução da RD 350, apresentou interessantes inovações como: novo cilindro desta vez com sete janelas de transferência (na RD 350 eram apenas 5), câmbio de 6 marchas. Possuia como cores disponíveis: "Rubi Red" e "Portuguese Orange". Foi descontinuada em 1978.
RD 400
Não foi comercializada no Brasil devido à proibição das importações em 1976. Lançada em 1976, foi uma versão com maior cilindrada, mas mecânica muito semelhante às RD 350. O pistão da RD 400 possui maior curso de pistão: 62mm contra 54mm da RD 350. Além disso foram suprimidas as faixas do bloco e do motor e embora as rodas raiadas fossem o padrão, quase todas saíam de fábrica com rodas de liga de magnésio, acessório opcional. Este modelo introduziu o freio a disco traseiro. Em 1976 ela não possuia o banco rabera, que em [ [1977]] foi introduzido. Já em 1978 foi incluída a ignição eletrônica, novos freios e o chassis remodelado, para ser igual ao da RD 400 Daytona.
RD 350 LC
Em 1980 a Yamaha volta às 350cc, devido a simpatia que esta despertava em seu público. Sendo assim, em 1980 era lançada a RD 350LC (sem o YPVS) com potência de 45cv a 8500 rpm, monoamortecimento central e refrigeração líquida. Em 1982 ganharia o famoso sistema YPVS (Yamaha Power Valve System) e suspensão traseira monocross.
No Brasil
Em 1986 passa a ser produzida no Brasil com novo visual e carenagem semi-integral e já em 1987 uma decisão da Yamaha centraliza a produção das RD350 em nosso país, sendo exportada para o resto do mundo e descontinuada no Japão. Assim a RD350 no ano de 1988, ganha carenagem integral, discos de freios vazados, suspensão dianteira Showa e um novo nome, RD350R, adequando-se ao exigente mercado externo.
Em 1991 recebeu sua última remodelagem, passando a contar com carenagem totalmente fechada no estilo da CBR600 e Suzuki RGV. Ganha novos faróis duplos seguindo o mesmo padrão de estilo das FZR. Teve sua produção encerrada para o mercado brasileiro em 1993, sendo que seus últimos modelos foram vendidos até o final desse ano.
Ainda assim, foram produzidas para o mercado italiano, alemão e espanhol até o ano de 1995, quando infelizmente saíram totlmente de produção, deixando uma enorme legião de fãs e adoradores órfãos por todos os cantos do planeta.
Mesmo sendo motos muito mais avançadas tecnologicamente, e muito mais potentes, tinham uma distribuição de potência e torque muito mais linear que suas antecessoras, devido ao sistema YPVS, que serve para que a moto tenha maior aproveitamento do torque e da potência, desde as rotações mais baixas, sendo assim mais linear, e não agindo como um "Turbo" como muitas pessoas pensam.
Também foi a moto pioneira no mundo no uso do quadro de berço-duplo e suspensão traseira mono-amortecida de série. Seu quadro foi o precursor dos famosos quadros DeltaBox de alumínio desenvolvidos pela Yamaha, e posteriormente utilizados pelas demais marcas. Vinha equipada com 3 freios à disco, e rodas de alumínio.
Motor
Seu motor 2 Tempos produz 55cv e sua velocidade máxima é de 199 km/h. Sua aceleração de 0 à 100km/h é de 6 s, e seu consumo médio na cidade fica entre 12km/l e 14km/l. Extremamente veloz, sua principal concorrente no Brasil era a Honda CBX 750 F. Não raramente aconteciam disputas para ver quem era a mais rápida. Disputas essas sempre apertadas, não dando muita margem nem para RD350, nem para CBX 750, se julgar absoluta sobre a outra. Porém, dada a facilidade do motor 2 Tempos em se extrair potência, as RD 350 "envenenadas" acabavam por vencer a grande maioria das disputas
A Yamaha RD350 foi a primeira moto 2 Tempos a utilizar o sistema YPVS (Yamaha Power Valve System), que consiste em uma válvula controlada por um microprocessador. Essa válvula localiza-se na saída de escape do cilindro, e varia sua abertura para dar maior compressão em baixas rotações. Dessa forma minimiza uma das características dos motores 2 Tempos, que é a falta de torque em baixas rotações. Conforme aumenta o giro do motor, essa válvula se abre progressivamente a partir de 5.500rpm até 9.000rpm, quando ela está totalmente aberta. Esse sistema acabou sendo implantado pelas demais marcas, porém com nomes diferentes, e algumas sutis alterações.
ate mais!!!!!!!!!!!!!!!!
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